terça-feira, 6 de setembro de 2011

Menos uma (ou várias) crentonas de pizzaria

É comum que eu saia para ir na igreja... Nos domingos. Esse final de semana tive uma pancada de sensações diferentes religiosas, não que eu tenha me convertido nem nada do tipo, mas eu fui pra igreja nas sextas e nos sábados e - pasmem - foi bem divertido. Mas não é isso que está em pauta.
Isso acabou comigo.

Acabou comigo porque eu passei a semana toda reclamando que não queria ir, daí fiquei estressado por uns momentos e meu humor semanal inteiro foi por água abaixo. O que aconteceu, então? Sexta-feira eu simplesmente acordei de bom humor e falei "foda-se a birra, vou lá então".
Mas eu queria muito jogar Borderlands de sexta pra sábado com meus amigos. Bem, eu não iria chegar antes das três da manhã, iria? Foi o que pensei assim que decidi topar o desafio de meus familiares. Saí no lucro porque começamos a jogar assim que eu cheguei (às onze) apenas, e estendemos nossas aventuras cheias de drogas mentais e tudo mais até as três da manhã.

Aí vem outro problema: eu tinha que acordar cedo no sábado. Oito e meia eu tinha que estar lá na igreja novamente para contemplar mais uma palestra sociológica com pitadinhas de religião (acreditem, o palestrante era FODA e tinha uma palavrinha FODA pra contar - eu como ateu posso assegurar-lhes do que estou dizendo, deixando um pouco a birrinha com religião de lado). Mas!!!!! Novamente esquecendo isso porque não é mais importante, só estou lhes dando contexto.
Espero que esses parágrafos não tenham sido desperdiçados, entenderam a gravidade do meu cansaço no final de semana? Semana puxada, cheia de trabalhos, insônia e experimentos turbinados, e um final de semana iniciado assim. Não podia estar pedindo mais arrego.
Se eu voltei pra casa e ficou tudo bem??? R: NÃO. Quatro horas estava me arrumando pra sair, curtir o restinho de tarde porque a noite era na igreja novamente. Era o mesmo palestrante, o mesmo nível de palavra mas eu tava caindo de sono muito hardcoremente.

Assim que saímos, inclusive, meu pai olhou bem pra mim e falou "você não tá novo demais pra estar cansado assim?". Mas isso era apenas o começo de uma noite, cheia de mulheres e seduções.




O fato é que eu estava quase convertido na noite de tão drogado, meu pai conversando comigo bastante e eu nUmA bOuA só curtindo o assunto. Eis então que vem a grande ideia: "vamos pegar uma pizza, aposto que você tá tão morto de fome quanto eu". Ok, eu durmo no carro e ele pega a pizza, não é? Ele provavelmente pegaria na pizzaria perto de casa, toda iluminadinha e tal, um lugar quase seguro pra se tirar um cochilo enquanto espera o alimento chegar.
Só que o caminho era estranho. Não tão estranho, mas estranho: não era a avenida convencional, que estava ligada ao terminal de ônibus mais próximo do meu bairro; era uma avenida ligada a um outro terminal. Bem, às vezes a gente dá a volta na cidade pra comprar pizza no Cincão, não é?
Não. Ele parou o carro naquela avenida mesmo, a qual eu nem mesmo sabia que tinha pizzarias (risos).

Descemos num lugar razoavelmente escuro, era inseguro demais pra ficar dormindo lá dentro do carro.
O som era alto, e incomodava: era um daqueles forrós nova geração sintetizadores AIDS pra todo lado, e conforme fomos nos aproximando, íamos enxergando umas velhas e uns velhos bêbados. Puta merda, né. Olha o lugar.
Estava até quase tudo bem até que percebo que uma velha dá aquela comida em mim com os olhos e depois aquela piscadela. Alô, senhora, calma aí! Meu diferencial é gostar de gordinhas, não de velhas (especialmente quando se tem cabelos brancos). Não tive nem forças pra estranhar a mulher porque estava com muito sono, então preferi ver o que meu pai decidiria enquanto as senhoras ficavam se segurando pra não passar a mão na minha bunda.
Velha de forró de sábado é coisa de louco, né?
Daí eu percebi que tinha uma mulher razoável lá, mal vestidinha mas naquele forró-UTI não havia opção para meus pobres olhinhos que precisavam de motivação pra ficar acordado.
Só que essa foi a hora que meu pai chegou em mim e disse "olha, vamos procurar outra pizzaria porque aqui não tá fácil não" e eu concordei e fomos embora. Passamos pelo pântano de señoras do forró com um pouco de medo, mas sobrevivemos até o carro, aonde entramos e rapidamente demos a partida.

Eu pensei "nossa, agora vamos pra pizzaria tradicional aonde sempre pegamos a pizza!" mas NÃO, meu pai MOTHERFUCKING DEU A VOLTA COM O CARRO E DESCEU A AVENIDA NOVAMENTE EM BUSCA DE OUTRA PIZZARIA. Ok, quem sabe essa seria melhor e não teria forró universitário (risos).
Até que ele encontrou, e parecia uma pizzaria séria, de verdade. Descemos do carro e nossa, as coisas estavam de fato diferentes... Só tinha um probleminha: mulheres demais. Se por um lado na outra pizzaria eu não tinha quem olhar, nessa os meus hormônios sairiam de controle e a coisa ficaria feia. Tava ruim, é? E quando eu percebi que 50% do público feminino, embora novinhas, usava aquelas saionas de igreja evangélica conservadora? Nossa, conservadoras? O salto alto bem do estilo daqueles utilizados em filmes pornográficos ninguém poupou, né.
Não que eu esteja reclamando! Salto alto faz bem, traz luxo e poder de sedução pra qualquer uma e, dammit, eu precisava disso pra ficar acordado.
Uma estava no celular, um pouco distante do estabelecimento e bem próxima do carro do meu pai, enquanto duas "brincavam" em frente aguardando sua pizza sair.

Sem mais delongas, descemos do carro e fomos direto pra dentro do lugar. Quem lembra da cowgirl, a primeira mulher que eu relatei em todo esse blog, há um mês atrás (e eu peguei ônibus de novo no meio do mês e ela estava de empresária gótica de modo que eu quase não resisti e saí pedindo em casamento)? Não, não era ela que estava atendendo, mas a roupa era IGUAL. Eu lembrei NA HORA.
Entre observadas e outras, notei que ela estava correspondendo. Só que era o seguinte: ela tava atendendo mais devagar pra fazer isso... E ou era ela, ou era minha pizza. Eu tava cansado, eu queria minha pizza. Daí parei o climão maneiro.
Aliás, exatamente isso: me sentindo um pouco cafajeste (mas com muita demanda da noite), parei pra observar os movimentos das crentonas. Não eram crianças, mas não eram lá muito adultas... Só a do celular que parecia mais velha que eu. O problema era que todas, absolutamente todas, estavam retornando olhares como se eu conseguisse olhar pra tanta gente ao mesmo tempo. Eu particularmente achei cômico porque a família (gigante) delas estava bem do lado.
Nem parecia que meu pai estava do meu lado também.
O fato é que, bem, fizemos o pedido e fomos pro carro, né. E foi uma caminhada bem longa, embora o veículo estivesse bem próximo da pizzaria. Sabe aqueles momentos em que você anda em câmera lenta por algum motivo, bom ou ruim, ou inexplicável? É, bem nesses moldes.
Passei por cada uma delas, algumas se deram ao trabalho de sorrir, teve uma (a que mais analisou território) que forçou um cu doce... Mas ok. O desafio final era passar pela do celular, que eu queria acreditar que estava falando com o namorado.

Eu passando ali, quase dormindo mas observando cada movimento predatório feminino quando percebo que ela ABAIXA O CELULAR, dá aquele FINAL STRIKE com os olhos e ainda me diz "tá cansadinho, hein gatinho?". TÁ CANSADINHO. HEIN. GATINHO?
CANSADINHO
HEIN
GATINHO
EU NUNCA FUI ABORDADO DESSA MANEIRA ANTES
O que aconteceu depois disso sequer é relevante.

Agora vocês sabem a que o pastor se refere quando diz "HOJE DEUS VAI LIBERAR FOGO NESSA IGREJA". Imagina como deve ter fogo uma dessas na hora H?
Ainda mais se guarda pra depois do casamento!

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