quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Por que não estou postando?

Porque não tá dando dinheiro que eu queria.
RSSSSSSSSSSSS mentirinha, só tô com preguiça + coisa acumulada pra fazer mesmo. :Ç Tava com meio post pronto mas perdi, tô cheio de coisa pra contar mas não arrumo vontade pra isso. Não tenho responsabilidade profissional nenhuma para com o blog então nada mais natural que eu postar como quiser quando quiser.
Mas amo vocês.

domingo, 7 de agosto de 2011

Menos uma loira de academia

Ontem não foi um dia fácil, não mesmo. Pelo contrário, começou horrível mas foi gradativamente melhorando - e bem nesse raio entre horrível e perfeito, eu estava saindo para curtir a night. O problema é que "curtir a noite" no meu caso é sair umas cinco e pouco e estar de volta em casa oito e meia, nove horas da noite.
A problemática toda envolve questões de responsabilidade com irmãos pequenos e etc. Às vezes é horrível, às vezes é ótimo porque meus amigos querem ir pra uns lugares chatinhos e ficar em casa na internet é melhor.

Bem, divertindo-me e voltando pra casa, eis que chego no terminal. Não o do centro, o específico da minha região. Aquele terminal é ótimo, sempre tem uns bêbados e drogados que fazem a gente rir pra caralho, e aparecem criaturas estranhas também. E sábado é perfeito, você sempre vê aquela galerinha animada pronta pra baladinha ou qualquer outra coisa chata do tipo, meninas de 13 anos salto 992398723489713434m saia que dá pra ver até a calcinha decotão etc.
Dá pra ver as velhas indo pro forró também, curiosamente com essas mesmas características. Mas fica feio. Velhas por favor levem mochilinha e usem essas roupas só lá no evento pros velhos, porque fica MUITO FEIO.
E dá pra ver muita gente cansada voltando do trabalho, porque trabalhar sábado é rotina pra muita gente.

Tinha achado um trio que nunca tinha visto antes, duas pareciam estar uns bons anos na faculdade (e pelo estilão delas, faziam Letras), a outra também parecia mas estava querendo fazer vestibular pra alguma coisa. Era a mais bonita das três, inclusive. Mas uma era muito forte (forte mesmo, não gorda, ela era normal mas uns músculos que nossa), a outra eu não lembro e a outra... muito alta, caralho, deve ter dois metros aquilo.
Nem fiquei prestando muita atenção porque eram características que as tornavam muito superiores a mim e, juntando a idade (deviam ter 20 e poucos, a PIOR idade pra um jovem observar do jeito convencional), não eram bons alvos para minha noite.

Então continuei ali, sentado, apenas me divertindo com meus bons book e olhando casualmente as coisas. "As coisas", no caso, um ônibus que eu pudesse pegar pra ir pra casa porque estava morrendo de vontade de terminar umas coisas na internet (só olha meu nype).
Eis que, muito tempo esperando, me aparece uma loirinha baixinha fortinha com a barriga de fora. Cara de quem tinha mais de trinta, corpinho de quem tinha dezoito, fiz a média aritmética e presumi que ela tinha aproximadamente vinte e quatro anos. Sei lá cara, não dava pra chutar idade certa, podia ter de 15 até 35 mas mais ou menos que isso era impossível. Qual a relação com a academia, daí? Na situação, ela estava usando uma roupa (ESPECIALMENTE A CALÇA, e o tênis) que ou ela voltava da academia ou... ela voltava da academia. Não tem outra explicação, desculpa.
Extremamente comunicativa, a mesma já chega abalando as estruturas do terminal conversando com os motoristas, cobradores, etc. todos pelo nome mesmo. Aparentemente conhecia todo mundo da região (não que eu seja BEM da região, eu compartilho a coluna vertebral de duas regiões da cidade). E conversava, conversava, conversava, enquanto eu apenas ficava na minha.
Por algum motivo ela decidiu que um bom lugar para ficar seria na minha frente. O corpo era válido, nada de alianças, não estava violando nenhuma regra do respeito virgem, era a hora dos meus faróis de milha ativarem. E ativaram. Mas só pra olhar, mesmo, não parecia uma senhorita para segundas intenções (se é que isso não era uma segunda intenção).

Eu sentadinho ali, na boa, fazendo minhas coisas, e ela vem me falar de seeeeeeeeeeexo??? e voltimeia prestando atenção nos assuntos. Coisa simples, nada de putarias, apenas conversas descontraídas de amigos - e olhares maliciosos pra mim, que disfarçava olhando pra rotatória ('balão' para leigos) para ver se meu ônibus estava chegando. Aí vem um engraçadinho e interrompe a história dizendo "é por isso que você não come ninguém".
Só tenho uma resposta pra você.
Sim, é por isso mesmo. Risos.
Mas voltando à história: passamos uns bons minutos nessa situação, até que a menina-mulher fala alto "ah, chegou meu ônibus! tchau". Daí eu olho pro ônibus. É o meu ônibus. CoMo É bOm VáRiOs MiNuToS oBsErVaNdO a MeSmA pEsSoA.
Não me veio a ideia de sentar num lugar com espaço pra mais um, pra conversar e tal e ver quais eram os pensamentos da moçoila, sei lá, apenas uma análise psicológica do território. Daí eu sentei no primeiro lugar pra um só que eu vi, e ela cogitou sentar na minha frente (ficou parada uns 6 segundos e tal, coisa séria), mas preferiu ficar um pouco mais pra frente pra conversar com o motorista (o ônibus era pequeno, daqueles com apenas umas seis fileiras, então eu estava na terceira e ela na primeira).

A troca de olhares continuou, mesmo que ela estivesse conversando casualmente com o motorista. Pelos meus cálculos, ela desceria depois de mim então não haveria problemas como cenas de filme pornô dentro do ônibus.
Depois eu percebi que meus cálculos estavam errados, mas não havia como ter cena de filme pornô dentro do ônibus porque... bem, ela desceria. No caso ela desceu em um ponto antes do meu, sendo que esse fica mais próximo de casa mas o caminho é menos seguro. Ao descer, a senhorita, por algum motivo não explicado (desequilíbrio?), colocou a mão no meu ombro e saiu saltitando - o que fazia desde que tinha descido lá no terminal - com aquele sorriso de velha na cara.

Espero que isso não signifique nada porque teoricamente ela mora na mesma rua que eu.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Menos uma novinha marrom assanhada

Ontem não tava fácil pra ninguém, né. A noite já prometia ser uma merda, pelo fato do dia (fora de casa) ter sido uma merda.
Bem incomum eu sair de casa à tarde, mas no caso tinha que resolver umas coisinhas com o banco, saí apenas pra isso. Só que não consegui fazer nada. Não cheguei em casa puto por ter dado errado, mas confesso que estava irritadinho por ter sacrificado umas três horas do meu dia para nada - quem não estaria? Irritado o suficiente para não fazer nenhuma vítima em pleno centro da cidade, em pleno banco, o que daria um relato muito fresquinho para todos.

Bem, todo dia com uma falha tem um round 2. Como esperado, no ônibus. Mas em momento inesperado: ainda enquanto eu ia para minhas QUATRO humildes aulas de laboratório de eletricidade. É normal que mulheres estejam cansadas e fragilizadas na volta pra casa, mas eu não estava lidando com mulher ontem, estava lidando com novinha.
Uns momentos depois de ficar "irritadinho" com as questões do banco, eu estava puto. Comigo mesmo, no caso. É rotina estar atrasado, mas no dia fiquei uns quinze minutos atrasado e eu pego transporte público, então não fazia a menor ideia de quantas horas atrasado eu chegaria - me lembrava inclusive da linha só passar lá pras sete e meia de novo.

Sei que meio que me preocupei em vão: uns quinze minutos depois, outro ônibus estava pronto para me tolerar. Chegaria pouco tempo atrasado, ótimo. Formidável.
Daí eu entro no ônibus já no gás do atraso e, bem, estava vazio de alvos. Novinhas voltando da escola tarde, algumas mulheres mais velhas cansadas. Nada pra mim. Mas aparentemente pessoas não compartilhavam da mesma opinião, sobre mim, no caso.
Sento no meu lugar, nUmA bOuA, lugar para um só - não como de costume, mas o ônibus não estava lotado. Só que antes mesmo de fazer isso, noto uma novinha me fazendo uma verificação de metais com os olhos, coisa explícita mesmo, achei bizarro e olha que nem tinha notado que a mãe dela tava do lado.
Enfim, sentei-me e tentei observar quem entrava no ônibus para ver se achava alguém de meu interesse observativo, o que seria bem inútil porque eu fico tipo dez minutos no ônibus apenas (desço no meio do trajeto). Até achei, mas tinha sentado bem no meio e a mulher em questão tinha ido lá pra trás, eu é que não ficaria descarando assim em plenas sete e dez da noite.
Enquanto isso a novinha se aproximava. Lá da frente, ela tentou se aquietar, sentar no primeiro banco e tal, mas logo levantou e foi conversar com a mulher - que julgo ser sua mãe.
Se não fiz a descrição ainda? Ah sim. Se eu consegui ficar observando suas atitudes mesmo contra minha vontade (prefiro as mais velhas, de 15 pra baixo não faz meu tipo), é porque era bonita pra caralho. Pele morena, lábios carnudinhos, rosto bonito, meio baixinha mas com corpo de gente grande - o que dava mais destaque pra isso era uma calça MUITO colada, marrom (chuto a cor por motivos cuja revelação não é conveniente, mas é por aí), coincidindo com a cor da blusa e tal.

Mas enfim, continuando. Tinha parado na parte que ela estava tentando se aquietar e tinha falhado, né? Ah sim! Então vamos lá. Tinha um velho no banco da frente, né, daí ele de repente desceu... Porém, tu achas mesmo que ela sentaria nesse banco e tentaria do modo tradicional? PFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFF, A MENINA É NOVA DEMAIS VELHO, NEM DEVE SABER O MÉTODO TRADICIONAL (que é uma bosta e por isso estão desistindo).
Na frente do banco do velho, tem aquela parte do ônibus para cadeirantes, né. Quase nunca ocupada por cadeirantes, sempre por um monte de gente que quer se apoiar em alguma parte do ônibus... Mas tinha lugares sobrando, ele estava vazio.
Pois a ameaçadora foi no PRIMEIRO daquele, o mais próximo de mim, e colocou seu querido bumbumzinho bem naquele caninho de plástico (qual o nome?) para minha apreciação direta. É mole? Daí é claro que fiquei balanceado, mas sou mestre na arte de observar sem ser notado e dava aquela olhadinha nos momentos permitidos pelo anonimato ocular. De vez em quando ela olhava pra minha cara só pra saber como eu tava reagindo, só que eu tenho muito mais experiência e, nesses momentos, estava sempre observando o movimento da rua... Aí eu olhava pra cara dela e fazia ela se sentir a stalker (porque era também, né) e olhar pra frente, uma verdadeira arte.
E quando ela dava aquelas mexidinhas? Puta merda. Não tava fácil pra ninguém.

Só que tudo o que é bom dura pouco e, nesse caso, poucos pontos antes do meu a mãe dela chamou (teve que chamar mesmo que ela estivesse na porta) ela pra descer do ônibus. Fiquei realmente chateado, mas a vida é assim mesmo e eu continuei no meu caminho.
Enquanto eu andava, comecei a pensar... E se no caso, a novinha não estivesse acompanhada da mãe, nem descesse naquele ponto? Será que eu pegaria? Acho que não.

Ela que não mexa comigo, que meu estilo é neuroticão.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Uma notinha

O que relato no blog são histórias reais, então é normal que eu poste as histórias apenas de noite assim que eu chego em casa. E mais normal ainda que eu não poste nenhuma história quando eu não saio.
Como hoje.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Menos uma psicopata

Ainda estamos começando mas não vamos perder a conta, essa é a mulher número -2, né?
Acho que sim.

Já faz um pouco de tempo e as informações não estão fresquíssimas na minha mente, mas é mais um daqueles relatos de ônibus. Aparentemente é a melhor maneira de se obter saldo (negativo) de mulheres, o que é mais que necessário para que eu me mantenha no zero a zero até o fim do ano - não é, na verdade, mas já que estamos nessa rotina vamos que vamos. O fato é que existem muitos relatos ótimos que necessitam de atenção, extração cautelosa e retratação com detalhes.
No outro post, relatei que era normal que eu entrasse no segundo ônibus desacompanhado e o amigo fora uma exceção conveniente. Nesse caso, tive duas inconveniências extremamente chateantes:
1. tinha uma mulher com três pirralhos, um deles chorando alto e fazendo birra e minha vontade de virar serial killer;
2. meu MP3 estava tocando forró. Não, não forró universitário, nada disso. Estava tocando uma marchinha de São João do Luiz Gonzaga por algum motivo inexplicável, isso tornava todas as observações in-transportti extremamente embaraçosas.
Por mais que a 2 seja essencial, anotem bem a palavra-chave do dia: serial killer.

No meu assento próximo da porta, não havia ninguém ao lado para mirar. Era uma mulher, de trinta e poucos anos (ou até quarenta), e por mais que eu ache muito válido ela tinha uma aliança na mão. Respeito antes de mais nada: ditado essencial para uma boa convivência no século XXI, mas nesses casos, seguido à risca apenas pelos virjões (seja fisicamente, seja mentalmente; com o post passado, aprendemos que é possível ser virgem mesmo... não sendo virgem. Deu pra entender, não deu? Se não deu, sério).
Mas eu precisava observar alguém. Meu MP3 ainda é daqueles antigões, MP3 Player mesmo, estilo iPod Shuffle só que sem ser iPod; está permitido pular o resto desse parágrafo, mas contém informações relativamente úteis: comprei quase um ano após minha última relação, por isso, fazendo as contas, ele já vai fazer aniversário de três anos e está comigo pelo quarto ano (???!!?!??!?!). A bateria dele está no limite há um ano e meio, mas eu sou o Magneto e tenho meus truques para mantê-lo vivo, mesmo que fraco. Não posso trocar de música sem temer que acabe a bateria, não posso mudar o volume (isso eu faço antes de sair e, feito, está DECIDIDO o volume da noite toda).

Meu primeiro alvo foi uma novinha que estava brincando com cubo mágico em pleno ônibus. Nada muito deslumbrante no visual, mas era bem catito do jeito que estava. Alguns bancos na frente estava ela, sozinha, aguardando alguém para sentar do seu lado - mas seria insensato de minha parte, né, e além do mais eu decidi que o volume seria altinho e passaria vergonha ouvindo Luiz Gonzaga alto do lado de uma novinha.
Seria pedofilia eu, ainda não maior de idade, com uma novinha pelo fato de que poderia-se somar a idade minha com a idade da música que eu estava ouvindo e eu me tornaria velho pedófilo daí? É só uma reflexão.

Mas daí percebi que tinha o alvo perfeito, e estava do outro lado, em uma cadeira solitária que não tinha espaço para mais uma pessoa. O alvo perfeito para homens pseudomasoquistas século XXI. A mulher com cara de torturadora bruxa malvada (lembrem-se que hoje em dia as bruxas são gatas). Ela mesma!!
Olhar sedutor? O caralho. Cara de insônia da porra, do jeito que combina comigo.
Conforme as crianças atrás de mim foram fazendo barulho infernal, ela começou a olhar com seu ódio descomunal para trás. E eu fiquei com ciúme. Das crianças, no caso. Ela não poderia estar odiando mais do que eu, que estava bem na frente dos pirralhos.
Minha cara já não é naturalmente agradável, então passei a olhar para trás com ódio nos olhos e uma paixão pelo homicídio no coração. Não estava convencido de que estava fazendo melhor que ela, mas para não levantar suspeitas da mãe, voltei a olhar pra frente. Ela também, depois de um tempo.
Quando parou de olhar, comecei a notar que ela estava numa posição meio confortável demais para os olhos cheios de hormônios deste pequeno garoto. A roupa era bem colocadinha e tal, nada vulgar (toda preta ainda, S&M na veia), mas sentar de modo estratégico no banco é sentar de modo estratégico né. Aí aqueles olharezinhos disfarçados rolam, desrolam, rolam de novo...
...Mas aí os pirralhos voltaram a fazer barulho, e uma nova guerra de ódio foi travada. Não faço a menor ideia de quem venceu, mas o ônibus todo se propôs a participar dessa vez. A mãe até ficou sem jeito, eu curti pra caralho porque enfim nossa disputa seria sem obstáculos. Mas aí cansamos de odiar os outros.

Passamos a nos odiar. Nos odiar, mesmo, sem barreiras.
Ela com as olheiras de insônia dela, eu com as minhas. Tinha acabado de sair de uma avaliação diagnóstico de cinco páginas, nível vestibular, seria ela párea pra minha mistura interessante de sono com raiva? Eu não sabia, era um ambiente que eu ainda estava para explorar.
A disputa era acirrada, mesmo. E não foi só uma. Houveram várias. Tinha sempre o momento onde um de nós se sentia desconfortável e passava a olhar pra frente, ou pra janela, ou pra quem estava do lado. As pessoas do ônibus me olhavam estranho, pra ela nem tanto porque embora ela tivesse as mesmas olheiras que eu, ela era gata.
Parou no terminal, não estávamos nem aí. Nem. Aí. Eu ia fazer essa mulher chorar, e ela ia me fazer chorar. E então continuamos, afinal, eu desço uns pontos depois do terminal.

E quem venceu?
Ela, provavelmente. No final eu sucumbi aos seus desejos (risos você quer).
Ela desceu no mesmo ponto que eu: eu puxei a cordinha pra ela e ainda deixei ela sair do ônibus primeiro como sinal de educação. Se ela me odeia de verdade, ela mora perto de mim e vai me matar enquanto eu estiver dormindo.

...será que ela iria querer meu telefone?

Menos uma viajante cowgirl de ônibus

Não é de praxe que eu pegue ônibus acompanhado - de amigos, no caso, obviamente (risos) -, mas hoje ocorreu de cair uma chuva fraca, mas horrível, na nossa abençoada cidade do interior do Paraná.
E nas chuvas, amigos que vão embora de moto abandonam este privilégio para passar alguns apertos no ônibus. Hoje em especial, muitos apertos.

Primeiro dia da calourada o ônibus é sempre o inferno. E olha que eu não faço UEL, mas prefiro continuar sem saber como é lá - e não corro risco, laboratórios lá sempre começam uns tempos depois das aulas.
Aquela molecada só meio ano mais velha que eu entrando no ônibus e aquela lotação, motorista gritando pras pessoas se apertarem por ali, eu de pé. Mas lindo e pomposo, encostado na janela na localização perfeita aonde poderia conversar com as pessoas da minha sala e não encostar em nenhuma outra pessoa. Experiência no transporte público é sempre vitória.
Outra coisa extremamente legal de se fazer nessas situações é começar a narrar os primeiros semestres do próprio curso. No caso o primeiro. Sempre bom fazer aquela turminha que acabou de sair das aulinhas de Cálculo I ouvir que metade da sua sala já desistiu, sempre.

Mas fases e fases, descemos daquele ônibus no terminal e eu, como dito, ineditamente acompanhado por um amigo, fui até o ponto do nosso segundo ônibus. Aquele é naturalmente cheio, então não houve nenhum espanto por parte de ninguém.
Assuntos começam, assuntos vão, e começo a notar uma cheirosa (tóin) alguns palmos de distância de mim. Jaqueta jeans, calça jeans, pele branca com algumas sardas e um cabelo preto e liso como o de ninguém, rosto bem desenhadinho, olhos negros mas fatais... Parecia um ótimo alvo, mas aí veio um grande obstáculo: bota preta de cowboy. Pra que, velho. Eu nunca entendi o povo de Londrina por isso. Estamos no Paraná, ótimo Estado para agropecuária? Check. Estamos no INTERIOR desse Estado? Check. Estamos no pasto? NÃO, caralho.
Porém ok, esqueci desse detalhe bem rapidamente e voltei a observar o que me interessava de verdade. Defeito todo mundo tem, não é? Já são três anos e meio, não quero completar quatro. E cinco. E seis (p.s.: cegamente escrevi "ceis", demorou um minuto para voltar à minha realidade, apagar e escrever corretamente). E minha eternidade. Dizem "mulher gosta é de dinheiro" e de fato eu terei dinheiro, mas ueeeeeeeeee, eu sou eu, e se for pelo dinheiro não tem graça.
TÁ VOLTEI À REALIDADE DE NOVO
Daí eu olhando para a menina, ela olhando pra mim, rolando aquele climão maneiro (de "acabei de ter Física e Geometria JUNTOS QUERO DORMIR" vs. "TÔ VOLTANDO DO EMPREGO QUERO ESTUPRAR MINHA PATROA"). Eis que meu amigo começa a falar. O grande objetivo de vida do nobre rapaz é começar a namorar e só beijar depois de casar. Tu acha que é casto hardcore? ISSO é castidade hardcore.
...Embora o rapaz, no caso, não seja nem virgem. Só teve "umas experiências ruins" e perdeu confiança nas coisas. O lado bom é que está beirando os quatro anos assim como eu.
...É um lado bom, não é?
Não.
O fato é que estávamos conversando relativamente alto, e minhas risadas estavam relativamente altas também. Eu parecia estar punindo o pobre boy com palavras ácidas (mentirinha, só estava falando que seria um árduo desafio para ele encontrar alguém que aceitasse o contrato de castidade labial), não sabia se estava incomodando os outros e provavelmente estava, mas eu até entendo o cara.

Quando menos percebi, já estava descendo do outro terminal e perdi a menina de vista. Oh, que horrível! Essa com certeza estava sendo alvo da minha sedução imbatível e com certeza eu voltaria com ela pra casa dela aonde teríamos uma noite maravilhosa admirando as estrelas.
Que pena, não é?
Pensando pelo lado positivo, ao menos ela tinha botas pretas de cowboy.

...três anos, oito meses e doze dias.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Inaugurado o blog

Pra falar a verdade, quatro anos é apenas um ponto de partida. Acompanhem minhas aventuras neste mundo tão complexo onde o número de mulheres é constante, e o número de anos é variável (crescente).