segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Mudado o título do blog

Se não me engano hoje faço aniversário de 4 anos sem pegar ninguém, o que significa que meus objetivos precisam progredir e as metas podem/devem ficar mais pretensiosas.

Não sei se vou continuar postando nesse ritmo medíocre no blog, talvez até piore, mas só pra avisar do aniversário. Ao contrário de outros blogs de pegação por aí, eu cumpri saudavelmente meu objetivo e compartilho com vocês a vitória.

domingo, 20 de novembro de 2011

Menos uma gorda que só faz gordice

Boa noite! Nem lembro como se escreve aqui, e acho que sei porque: quando não se tem vida social e está cansado, não se observa as ciscadas inconvencionais.
Já que não dá pra se livrar do cansaço, tive que ter um pouquinho de vida social - e que vida social! que foi apenas um cafézinho entre um fluxo de estudos e outro. A vida social nessa cidade do norte do Paraná está cada vez mais difícil, e cada vez com mais jovens obstaculosos.

O que eu lhes falo sobre o jovem, amigos, é sério.

O fato é que estávamos exaustos de estudar cálculo, embora tivessem sido apenas simples horas de volumétricas... Nada muito além do conteúdo normal. Mas estava chato e cansativo, e estávamos com fome. Normalmente tínhamos deliciosos quitutes da dona da casa, a qual faz uns bolos de alto nível, hoje em exceção era cedo demais e queríamos MESMO comer.
Saímos em quatro, mas um tinha compromissos e foi embora. Sobramos três. Não sabíamos aonde raios tomaríamos café, já que Londrina, em teoria, é uma cidade grande, mas em prática é apenas uma cidade pequena com vários prédios. O comércio é nulo no dia de domingo, padarias simples e que não doem o bolso fechadas, lanchonetes achando que não existe gente que come de dia, entre outros.
E estávamos no centro.

Conversando e botando terror uns nos outros com os futuros sombrios que poderíamos ter, chegamos numa padaria que na verdade não era uma padaria e sim um mercado tão enorme que tinha até segurança. Porém disfarçado de padaria. Acho que a atmosfera era tão assustadora que não nos importamos muito de ver preços, entramos e em pouquíssimos segundos percebemos que o lugar não era para nós.
Até parei pra observar duas daquelas extintas 'emos' que entraram no estabelecimento, uma delas com camiseta do The Who. Mas nada demais, fomos embora logo em seguida.

O Habbib's ficava logo mais embaixo, então lá parecia uma parada mais sensata.
E fomos, né. O lugar tinha um ar muito mais agradável pra gente, sem aquela senhoria finesse da padaria erudita. Cheiro classe média-baixa é sempre bom pra jovens que tinham esquecido de trazer dinheiro. Entramos e estávamos quase sentando numa mesa lá dentro, quando percebemos que haviam mesas livres lá fora e, bem, nada contra ficar dentro de um lugar, mas o desejo pelo ar livre era algo insaciável.

Com eles, ok. Comigo, um problema: eu teria de encarar as pessoas no território estreito do lado de fora do Habbib's. O espaço vago é maior lá dentro. E assim que sentei, já comecei a prestar atenção nas duas mulheres da mesa da frente: uma eu na verdade nem lembro o rosto, vestida de hipster, que pra mim sempre será roupa de gente da roça; a outra foi o que me chamou atenção em todos os sentidos, inclusive os piores deles.
Por algum motivo, eu associei o visual da mesma àquela 'nova' vocalista do Nightwish, na época que era loira. Ela tinha olhos tão verdes que eu, exímio inimigo da palheta de cores, sabia que eram verdes. E era muito, muito loira. E o melhor: bem-vestida da cintura pra baixo. E melhor ainda: não era magra. Mas pior que tudo: da cintura pra cima se vestia estilo comunistinha de um modo que dá até preguicinha de descrever.
Só digo uma coisa: POR FAVOR MENINAS, não usem aquele negócio tipo um arquinho só que usado na testa.

Sentei educadamente e continuamos a conversar, eu e meus amigos, numa boa, apenas aguardando o cardápio e logo em sequência o pedido e, talvez, a comida em si. Óbvio que um dos meus amigos falou "depois que a gente sair daqui os comentários vão ser bons", e rimos, e tornamos a conversar aleatoriamente - enquanto a outra era ignorável, essa era, pra todos os efeitos, observável demais.

Eu observava mais que os outros porque meu espírito de fanatismo por gordinha sempre fala mais alto, por mais que eu faça de tudo para esquecê-lo (especialmente nessas horas), e até perceberam isso também mas tínhamos muitos assuntos pendentes e a obrigação certa de levá-los adiante.
E ela bebia.
E falava alto.
E ficava olhando pra nossa mesa, de modo que me incomodava porque só dava pra ver eu de frente. Por favor moça, me deixe olhar seus dotes positivos confortavelmente! Quando você retorna os olhares, eu lembro dos negativos e olho pra eles.
Por favor para.
E ela virava mais um copo de cerveja enquanto passava o olhar direto que, há meses, estava sem ver (mas se fossemos considerar a intensidade, acho que foi a segunda ou terceira vez na vida). Conversava com a amiga sobre assuntos que pareciam bestas e eu só conseguia associar ao comunismo, embora fossem assuntos de patricinha-gordurinha e eu soubesse disso.

Quando chegou minha comida, eu imaginei que ficaria feio o suficiente pra ela enfim notar que não valia a pena ficar me olhando... Mas não foi bem assim.
O desafio estava forte.
Ela tinha espírito de guerreira, só que as viradas do copo mais as risadas de gente que consegue se embebedar no Habbib's estavam me dando forte vergonha, mesmo que meus humildes 50Kg adorem uma vibração overweight isso é demais pra mim. Eu estava perdendo na disputa de olhares, e não imaginava isso acontecendo comigo... Mas bem, eu estava entre amigos e nenhum deles bêbado (mano, ressalto, era o HABBIB'S!!! às SEIS DA TARDE!!!). Não precisava ganhar sempre, né?
Mas puta, que ela era uma gordinha com potencial, inegável.
Quando menos percebi, o espírito pegou em mim e eu estava na minha sexta esfiha (tínhamos combinado de comer cinco cada). Acho que no fundo era tudo feitiçaria dela e, assim que aconteceu, ela se levantou com a amiga pra ir embora - com aquele olhar de quem ia me comer mesmo. E eu fiquei até aliviado, se pensar bem.

Fim da história.
Mas descubram que eu não fiquei aliviado porque a mesa foi ocupada, logo em seguida, por jovens (vários) das humanas pesadas da UEL. Só tava faltando as drogas pra eles porque as outras características clichê filosofia/artes cênicas estavam TODAS presentes.
Fomos o caminho todo de volta pra casa conversando como não fizemos tão mal assim em estudar que nem retardados, não apenas ficar retardados.
E lá no fundo, eu preferia mesmo era a gordinha.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Menos uma (ou várias) crentonas de pizzaria

É comum que eu saia para ir na igreja... Nos domingos. Esse final de semana tive uma pancada de sensações diferentes religiosas, não que eu tenha me convertido nem nada do tipo, mas eu fui pra igreja nas sextas e nos sábados e - pasmem - foi bem divertido. Mas não é isso que está em pauta.
Isso acabou comigo.

Acabou comigo porque eu passei a semana toda reclamando que não queria ir, daí fiquei estressado por uns momentos e meu humor semanal inteiro foi por água abaixo. O que aconteceu, então? Sexta-feira eu simplesmente acordei de bom humor e falei "foda-se a birra, vou lá então".
Mas eu queria muito jogar Borderlands de sexta pra sábado com meus amigos. Bem, eu não iria chegar antes das três da manhã, iria? Foi o que pensei assim que decidi topar o desafio de meus familiares. Saí no lucro porque começamos a jogar assim que eu cheguei (às onze) apenas, e estendemos nossas aventuras cheias de drogas mentais e tudo mais até as três da manhã.

Aí vem outro problema: eu tinha que acordar cedo no sábado. Oito e meia eu tinha que estar lá na igreja novamente para contemplar mais uma palestra sociológica com pitadinhas de religião (acreditem, o palestrante era FODA e tinha uma palavrinha FODA pra contar - eu como ateu posso assegurar-lhes do que estou dizendo, deixando um pouco a birrinha com religião de lado). Mas!!!!! Novamente esquecendo isso porque não é mais importante, só estou lhes dando contexto.
Espero que esses parágrafos não tenham sido desperdiçados, entenderam a gravidade do meu cansaço no final de semana? Semana puxada, cheia de trabalhos, insônia e experimentos turbinados, e um final de semana iniciado assim. Não podia estar pedindo mais arrego.
Se eu voltei pra casa e ficou tudo bem??? R: NÃO. Quatro horas estava me arrumando pra sair, curtir o restinho de tarde porque a noite era na igreja novamente. Era o mesmo palestrante, o mesmo nível de palavra mas eu tava caindo de sono muito hardcoremente.

Assim que saímos, inclusive, meu pai olhou bem pra mim e falou "você não tá novo demais pra estar cansado assim?". Mas isso era apenas o começo de uma noite, cheia de mulheres e seduções.




O fato é que eu estava quase convertido na noite de tão drogado, meu pai conversando comigo bastante e eu nUmA bOuA só curtindo o assunto. Eis então que vem a grande ideia: "vamos pegar uma pizza, aposto que você tá tão morto de fome quanto eu". Ok, eu durmo no carro e ele pega a pizza, não é? Ele provavelmente pegaria na pizzaria perto de casa, toda iluminadinha e tal, um lugar quase seguro pra se tirar um cochilo enquanto espera o alimento chegar.
Só que o caminho era estranho. Não tão estranho, mas estranho: não era a avenida convencional, que estava ligada ao terminal de ônibus mais próximo do meu bairro; era uma avenida ligada a um outro terminal. Bem, às vezes a gente dá a volta na cidade pra comprar pizza no Cincão, não é?
Não. Ele parou o carro naquela avenida mesmo, a qual eu nem mesmo sabia que tinha pizzarias (risos).

Descemos num lugar razoavelmente escuro, era inseguro demais pra ficar dormindo lá dentro do carro.
O som era alto, e incomodava: era um daqueles forrós nova geração sintetizadores AIDS pra todo lado, e conforme fomos nos aproximando, íamos enxergando umas velhas e uns velhos bêbados. Puta merda, né. Olha o lugar.
Estava até quase tudo bem até que percebo que uma velha dá aquela comida em mim com os olhos e depois aquela piscadela. Alô, senhora, calma aí! Meu diferencial é gostar de gordinhas, não de velhas (especialmente quando se tem cabelos brancos). Não tive nem forças pra estranhar a mulher porque estava com muito sono, então preferi ver o que meu pai decidiria enquanto as senhoras ficavam se segurando pra não passar a mão na minha bunda.
Velha de forró de sábado é coisa de louco, né?
Daí eu percebi que tinha uma mulher razoável lá, mal vestidinha mas naquele forró-UTI não havia opção para meus pobres olhinhos que precisavam de motivação pra ficar acordado.
Só que essa foi a hora que meu pai chegou em mim e disse "olha, vamos procurar outra pizzaria porque aqui não tá fácil não" e eu concordei e fomos embora. Passamos pelo pântano de señoras do forró com um pouco de medo, mas sobrevivemos até o carro, aonde entramos e rapidamente demos a partida.

Eu pensei "nossa, agora vamos pra pizzaria tradicional aonde sempre pegamos a pizza!" mas NÃO, meu pai MOTHERFUCKING DEU A VOLTA COM O CARRO E DESCEU A AVENIDA NOVAMENTE EM BUSCA DE OUTRA PIZZARIA. Ok, quem sabe essa seria melhor e não teria forró universitário (risos).
Até que ele encontrou, e parecia uma pizzaria séria, de verdade. Descemos do carro e nossa, as coisas estavam de fato diferentes... Só tinha um probleminha: mulheres demais. Se por um lado na outra pizzaria eu não tinha quem olhar, nessa os meus hormônios sairiam de controle e a coisa ficaria feia. Tava ruim, é? E quando eu percebi que 50% do público feminino, embora novinhas, usava aquelas saionas de igreja evangélica conservadora? Nossa, conservadoras? O salto alto bem do estilo daqueles utilizados em filmes pornográficos ninguém poupou, né.
Não que eu esteja reclamando! Salto alto faz bem, traz luxo e poder de sedução pra qualquer uma e, dammit, eu precisava disso pra ficar acordado.
Uma estava no celular, um pouco distante do estabelecimento e bem próxima do carro do meu pai, enquanto duas "brincavam" em frente aguardando sua pizza sair.

Sem mais delongas, descemos do carro e fomos direto pra dentro do lugar. Quem lembra da cowgirl, a primeira mulher que eu relatei em todo esse blog, há um mês atrás (e eu peguei ônibus de novo no meio do mês e ela estava de empresária gótica de modo que eu quase não resisti e saí pedindo em casamento)? Não, não era ela que estava atendendo, mas a roupa era IGUAL. Eu lembrei NA HORA.
Entre observadas e outras, notei que ela estava correspondendo. Só que era o seguinte: ela tava atendendo mais devagar pra fazer isso... E ou era ela, ou era minha pizza. Eu tava cansado, eu queria minha pizza. Daí parei o climão maneiro.
Aliás, exatamente isso: me sentindo um pouco cafajeste (mas com muita demanda da noite), parei pra observar os movimentos das crentonas. Não eram crianças, mas não eram lá muito adultas... Só a do celular que parecia mais velha que eu. O problema era que todas, absolutamente todas, estavam retornando olhares como se eu conseguisse olhar pra tanta gente ao mesmo tempo. Eu particularmente achei cômico porque a família (gigante) delas estava bem do lado.
Nem parecia que meu pai estava do meu lado também.
O fato é que, bem, fizemos o pedido e fomos pro carro, né. E foi uma caminhada bem longa, embora o veículo estivesse bem próximo da pizzaria. Sabe aqueles momentos em que você anda em câmera lenta por algum motivo, bom ou ruim, ou inexplicável? É, bem nesses moldes.
Passei por cada uma delas, algumas se deram ao trabalho de sorrir, teve uma (a que mais analisou território) que forçou um cu doce... Mas ok. O desafio final era passar pela do celular, que eu queria acreditar que estava falando com o namorado.

Eu passando ali, quase dormindo mas observando cada movimento predatório feminino quando percebo que ela ABAIXA O CELULAR, dá aquele FINAL STRIKE com os olhos e ainda me diz "tá cansadinho, hein gatinho?". TÁ CANSADINHO. HEIN. GATINHO?
CANSADINHO
HEIN
GATINHO
EU NUNCA FUI ABORDADO DESSA MANEIRA ANTES
O que aconteceu depois disso sequer é relevante.

Agora vocês sabem a que o pastor se refere quando diz "HOJE DEUS VAI LIBERAR FOGO NESSA IGREJA". Imagina como deve ter fogo uma dessas na hora H?
Ainda mais se guarda pra depois do casamento!

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Por que não estou postando?

Porque não tá dando dinheiro que eu queria.
RSSSSSSSSSSSS mentirinha, só tô com preguiça + coisa acumulada pra fazer mesmo. :Ç Tava com meio post pronto mas perdi, tô cheio de coisa pra contar mas não arrumo vontade pra isso. Não tenho responsabilidade profissional nenhuma para com o blog então nada mais natural que eu postar como quiser quando quiser.
Mas amo vocês.

domingo, 7 de agosto de 2011

Menos uma loira de academia

Ontem não foi um dia fácil, não mesmo. Pelo contrário, começou horrível mas foi gradativamente melhorando - e bem nesse raio entre horrível e perfeito, eu estava saindo para curtir a night. O problema é que "curtir a noite" no meu caso é sair umas cinco e pouco e estar de volta em casa oito e meia, nove horas da noite.
A problemática toda envolve questões de responsabilidade com irmãos pequenos e etc. Às vezes é horrível, às vezes é ótimo porque meus amigos querem ir pra uns lugares chatinhos e ficar em casa na internet é melhor.

Bem, divertindo-me e voltando pra casa, eis que chego no terminal. Não o do centro, o específico da minha região. Aquele terminal é ótimo, sempre tem uns bêbados e drogados que fazem a gente rir pra caralho, e aparecem criaturas estranhas também. E sábado é perfeito, você sempre vê aquela galerinha animada pronta pra baladinha ou qualquer outra coisa chata do tipo, meninas de 13 anos salto 992398723489713434m saia que dá pra ver até a calcinha decotão etc.
Dá pra ver as velhas indo pro forró também, curiosamente com essas mesmas características. Mas fica feio. Velhas por favor levem mochilinha e usem essas roupas só lá no evento pros velhos, porque fica MUITO FEIO.
E dá pra ver muita gente cansada voltando do trabalho, porque trabalhar sábado é rotina pra muita gente.

Tinha achado um trio que nunca tinha visto antes, duas pareciam estar uns bons anos na faculdade (e pelo estilão delas, faziam Letras), a outra também parecia mas estava querendo fazer vestibular pra alguma coisa. Era a mais bonita das três, inclusive. Mas uma era muito forte (forte mesmo, não gorda, ela era normal mas uns músculos que nossa), a outra eu não lembro e a outra... muito alta, caralho, deve ter dois metros aquilo.
Nem fiquei prestando muita atenção porque eram características que as tornavam muito superiores a mim e, juntando a idade (deviam ter 20 e poucos, a PIOR idade pra um jovem observar do jeito convencional), não eram bons alvos para minha noite.

Então continuei ali, sentado, apenas me divertindo com meus bons book e olhando casualmente as coisas. "As coisas", no caso, um ônibus que eu pudesse pegar pra ir pra casa porque estava morrendo de vontade de terminar umas coisas na internet (só olha meu nype).
Eis que, muito tempo esperando, me aparece uma loirinha baixinha fortinha com a barriga de fora. Cara de quem tinha mais de trinta, corpinho de quem tinha dezoito, fiz a média aritmética e presumi que ela tinha aproximadamente vinte e quatro anos. Sei lá cara, não dava pra chutar idade certa, podia ter de 15 até 35 mas mais ou menos que isso era impossível. Qual a relação com a academia, daí? Na situação, ela estava usando uma roupa (ESPECIALMENTE A CALÇA, e o tênis) que ou ela voltava da academia ou... ela voltava da academia. Não tem outra explicação, desculpa.
Extremamente comunicativa, a mesma já chega abalando as estruturas do terminal conversando com os motoristas, cobradores, etc. todos pelo nome mesmo. Aparentemente conhecia todo mundo da região (não que eu seja BEM da região, eu compartilho a coluna vertebral de duas regiões da cidade). E conversava, conversava, conversava, enquanto eu apenas ficava na minha.
Por algum motivo ela decidiu que um bom lugar para ficar seria na minha frente. O corpo era válido, nada de alianças, não estava violando nenhuma regra do respeito virgem, era a hora dos meus faróis de milha ativarem. E ativaram. Mas só pra olhar, mesmo, não parecia uma senhorita para segundas intenções (se é que isso não era uma segunda intenção).

Eu sentadinho ali, na boa, fazendo minhas coisas, e ela vem me falar de seeeeeeeeeeexo??? e voltimeia prestando atenção nos assuntos. Coisa simples, nada de putarias, apenas conversas descontraídas de amigos - e olhares maliciosos pra mim, que disfarçava olhando pra rotatória ('balão' para leigos) para ver se meu ônibus estava chegando. Aí vem um engraçadinho e interrompe a história dizendo "é por isso que você não come ninguém".
Só tenho uma resposta pra você.
Sim, é por isso mesmo. Risos.
Mas voltando à história: passamos uns bons minutos nessa situação, até que a menina-mulher fala alto "ah, chegou meu ônibus! tchau". Daí eu olho pro ônibus. É o meu ônibus. CoMo É bOm VáRiOs MiNuToS oBsErVaNdO a MeSmA pEsSoA.
Não me veio a ideia de sentar num lugar com espaço pra mais um, pra conversar e tal e ver quais eram os pensamentos da moçoila, sei lá, apenas uma análise psicológica do território. Daí eu sentei no primeiro lugar pra um só que eu vi, e ela cogitou sentar na minha frente (ficou parada uns 6 segundos e tal, coisa séria), mas preferiu ficar um pouco mais pra frente pra conversar com o motorista (o ônibus era pequeno, daqueles com apenas umas seis fileiras, então eu estava na terceira e ela na primeira).

A troca de olhares continuou, mesmo que ela estivesse conversando casualmente com o motorista. Pelos meus cálculos, ela desceria depois de mim então não haveria problemas como cenas de filme pornô dentro do ônibus.
Depois eu percebi que meus cálculos estavam errados, mas não havia como ter cena de filme pornô dentro do ônibus porque... bem, ela desceria. No caso ela desceu em um ponto antes do meu, sendo que esse fica mais próximo de casa mas o caminho é menos seguro. Ao descer, a senhorita, por algum motivo não explicado (desequilíbrio?), colocou a mão no meu ombro e saiu saltitando - o que fazia desde que tinha descido lá no terminal - com aquele sorriso de velha na cara.

Espero que isso não signifique nada porque teoricamente ela mora na mesma rua que eu.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Menos uma novinha marrom assanhada

Ontem não tava fácil pra ninguém, né. A noite já prometia ser uma merda, pelo fato do dia (fora de casa) ter sido uma merda.
Bem incomum eu sair de casa à tarde, mas no caso tinha que resolver umas coisinhas com o banco, saí apenas pra isso. Só que não consegui fazer nada. Não cheguei em casa puto por ter dado errado, mas confesso que estava irritadinho por ter sacrificado umas três horas do meu dia para nada - quem não estaria? Irritado o suficiente para não fazer nenhuma vítima em pleno centro da cidade, em pleno banco, o que daria um relato muito fresquinho para todos.

Bem, todo dia com uma falha tem um round 2. Como esperado, no ônibus. Mas em momento inesperado: ainda enquanto eu ia para minhas QUATRO humildes aulas de laboratório de eletricidade. É normal que mulheres estejam cansadas e fragilizadas na volta pra casa, mas eu não estava lidando com mulher ontem, estava lidando com novinha.
Uns momentos depois de ficar "irritadinho" com as questões do banco, eu estava puto. Comigo mesmo, no caso. É rotina estar atrasado, mas no dia fiquei uns quinze minutos atrasado e eu pego transporte público, então não fazia a menor ideia de quantas horas atrasado eu chegaria - me lembrava inclusive da linha só passar lá pras sete e meia de novo.

Sei que meio que me preocupei em vão: uns quinze minutos depois, outro ônibus estava pronto para me tolerar. Chegaria pouco tempo atrasado, ótimo. Formidável.
Daí eu entro no ônibus já no gás do atraso e, bem, estava vazio de alvos. Novinhas voltando da escola tarde, algumas mulheres mais velhas cansadas. Nada pra mim. Mas aparentemente pessoas não compartilhavam da mesma opinião, sobre mim, no caso.
Sento no meu lugar, nUmA bOuA, lugar para um só - não como de costume, mas o ônibus não estava lotado. Só que antes mesmo de fazer isso, noto uma novinha me fazendo uma verificação de metais com os olhos, coisa explícita mesmo, achei bizarro e olha que nem tinha notado que a mãe dela tava do lado.
Enfim, sentei-me e tentei observar quem entrava no ônibus para ver se achava alguém de meu interesse observativo, o que seria bem inútil porque eu fico tipo dez minutos no ônibus apenas (desço no meio do trajeto). Até achei, mas tinha sentado bem no meio e a mulher em questão tinha ido lá pra trás, eu é que não ficaria descarando assim em plenas sete e dez da noite.
Enquanto isso a novinha se aproximava. Lá da frente, ela tentou se aquietar, sentar no primeiro banco e tal, mas logo levantou e foi conversar com a mulher - que julgo ser sua mãe.
Se não fiz a descrição ainda? Ah sim. Se eu consegui ficar observando suas atitudes mesmo contra minha vontade (prefiro as mais velhas, de 15 pra baixo não faz meu tipo), é porque era bonita pra caralho. Pele morena, lábios carnudinhos, rosto bonito, meio baixinha mas com corpo de gente grande - o que dava mais destaque pra isso era uma calça MUITO colada, marrom (chuto a cor por motivos cuja revelação não é conveniente, mas é por aí), coincidindo com a cor da blusa e tal.

Mas enfim, continuando. Tinha parado na parte que ela estava tentando se aquietar e tinha falhado, né? Ah sim! Então vamos lá. Tinha um velho no banco da frente, né, daí ele de repente desceu... Porém, tu achas mesmo que ela sentaria nesse banco e tentaria do modo tradicional? PFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFF, A MENINA É NOVA DEMAIS VELHO, NEM DEVE SABER O MÉTODO TRADICIONAL (que é uma bosta e por isso estão desistindo).
Na frente do banco do velho, tem aquela parte do ônibus para cadeirantes, né. Quase nunca ocupada por cadeirantes, sempre por um monte de gente que quer se apoiar em alguma parte do ônibus... Mas tinha lugares sobrando, ele estava vazio.
Pois a ameaçadora foi no PRIMEIRO daquele, o mais próximo de mim, e colocou seu querido bumbumzinho bem naquele caninho de plástico (qual o nome?) para minha apreciação direta. É mole? Daí é claro que fiquei balanceado, mas sou mestre na arte de observar sem ser notado e dava aquela olhadinha nos momentos permitidos pelo anonimato ocular. De vez em quando ela olhava pra minha cara só pra saber como eu tava reagindo, só que eu tenho muito mais experiência e, nesses momentos, estava sempre observando o movimento da rua... Aí eu olhava pra cara dela e fazia ela se sentir a stalker (porque era também, né) e olhar pra frente, uma verdadeira arte.
E quando ela dava aquelas mexidinhas? Puta merda. Não tava fácil pra ninguém.

Só que tudo o que é bom dura pouco e, nesse caso, poucos pontos antes do meu a mãe dela chamou (teve que chamar mesmo que ela estivesse na porta) ela pra descer do ônibus. Fiquei realmente chateado, mas a vida é assim mesmo e eu continuei no meu caminho.
Enquanto eu andava, comecei a pensar... E se no caso, a novinha não estivesse acompanhada da mãe, nem descesse naquele ponto? Será que eu pegaria? Acho que não.

Ela que não mexa comigo, que meu estilo é neuroticão.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Uma notinha

O que relato no blog são histórias reais, então é normal que eu poste as histórias apenas de noite assim que eu chego em casa. E mais normal ainda que eu não poste nenhuma história quando eu não saio.
Como hoje.